segunda-feira, 24 de maio de 2010

Artesãos fronteiriços se capacitam para exportar produtos


Os artesãos da fronteira Ponta Porã/Pedro Juan Caballero atingiram um nível de qualidade que os credenciam para participar de exposições e feiras em todo o Brasil, resultando na abertura de portas para a exportação de seus trabalhos. A constatação pôde ser feita no encerramento do Curso Acabamento, Cores e Material.

Promovido em Ponta Porã pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em parceria com a Fundação de Cultura e Esporte de Ponta Porã, FUNCESPP. O curso foi encerrado na semana passada.

Durante a entrega dos certificados, a representante da Fundação Estadual de Cultura, Arlene Barbosa Vilela, disse que as peças artesanais da fronteira são “resultado de um trabalho de qualidade para que a gente possa vender nas feiras nacionais”, afirmou.

Segundo ela, o primeiro grande teste será a Feira Junina marcada para o próximo mês na Casa do Artesão, em Campo Grande. “Estamos abrindo espaço também para que Ponta Porã possa expor seus produtos durante um mês, em agosto. Lá na casa do Artesão, em Campo Grande, elaboramos um calendário que abre a casa para que um município possa expor durante o mês inteiro”, explicou.

As próximas feiras que poderão contar com a participação dos artesãos de Ponta Porã serão realizadas no fim do ano em Brasília e Belo Horizonte. “A Feira Natalina na capital mineira é uma grande oportunidade para a divulgação do trabalho daqui. Ela é um evento que atrai gente do mundo todo”, informou.

A diretora de cultura da FUNCESPP, Livrada Bello, considerou a realização do curso em Ponta Porã como “a realização de um grande sonho. Queremos manter esta casa sempre movimentada, com a realização de mais cursos”, afirmou, referindo à Casa do Artesão de Ponta Porã, localizada na Praça Lício Borralho, sede do curso recentemente concluído.

O diretor presidente da FUNCESPP, Adir Teixeira, aprovou os resultados do curso ministrado por Julio Cesar Alvarez, um dos mais renomados artistas plásticos de Mato grosso do Sul e do Paraguai. “A presença do Julio foi um prêmio para todos nós”, elogiou Adir. “Vamos levá-lo para vários municípios que também precisam do curso que acabamos de promover em Ponta Porã”, declarou a representante da Fundação Estadual de Cultura.

Para a artesã Ana Regina, “as duas fundações estão de parabéns pela realização do curso. Fiquei satisfeitíssima e, foi tão bom que, que termino o curso com a sensação de que posso produzir muito, muito mais”, afirmou. Sua colega, Sandra Gabriela Cartaxo, tem opinião semelhante: “este curso serviu para que eu pudesse aprimorar os conhecimentos e, principalmente, ser mais criativa. Aqui desenvolvi a ousadia para montar gráficos para tecer. A espontaneidade veio graças ao trabalho solidário realizado com meus colegas de curso”, expôs a artesã.

O encerramento do curso também trouxe à fronteira duas dirigentes da Fundação Estadual de Cultura, a gestora de artes e cultura Julia Campos e Juliana Pereira, técnica em atividades culturais.

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